Participaram: Fabio, Roberto
Hochin, Teofilo
Partimos de Brasilia por volta das 09:00 de sábado, saindo em direção a Alto Paraiso de Goiás. O asfalto da GO-118 está bem melhor do que estava no começo do ano, então a viagem até a chapada foi tranquila e sem incidentes. De Alto Paraiso pegamos a estrada para São Jorge, parando no rancho do Seu Waldomiro por volta de meio dia. Estando lá, não resistimos: caimos matando na "Matula", um prato típico que é a especialidade da casa. Depois de almoçados, saimos sem cerimônia para pegar no pesado: Encaramos 4 km de asfalto, com sol de rachar, até o ponto de acesso à crista oeste do Morro do Buracão.
Saimos da estrada no rumo da encosta, e logo já estávamos subindo em terreno bastante inclinado.
O calor e a inclinação logo cobraram o "pedágio" aos três: precisamos dar uma parada de alguns minutos em uma sombra providencial para recuperar as forças. Mas é assim mesmo: como diz o ditado, "é com sol e ladeira que se forja um bom caminhante".
O terreno continuou inclinado, inclusive com alguns trechos de "escalaminhada" nos quais o Roberto precisou de uma mãozinha por não estar acostumado a esse tipo de terreno. Finalmente chegamos na crista, que apesar de acidentada e com muitas pedras, seguia com inclinação mais suave em direção ao cume do buracão.
Mais um pouco de suor e já chegamos no platô, um dos dois únicos locais planos o suficiente para acampar comfortavelmente na parte alta do morro. Como já eram 16:00, resolvemos parar por ali mesmo. O calor ainda estava grande, e a dúvida era beber muita água logo e passar sede no dia seguinte, ou segurar as pontas para sobrar água para o resto da caminhada...
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Jardins de Maitrea, visto a partir do Buracão |
Passamos o resto da tarde arrumando as barracas, treinando nós e contemplando a paisagem, que se extendia até o lago de Serra da Mesa. Várias nuvens de chuva dançavam no céu ao redor, mas durante toda a caminhada nenhuma resolveu nos presentear com uma ducha refrescante.
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Teófilo treinando nós no acampamento |
No por do sol, nos alojamos em uma pedra que era o ponto mais alto do platô onde estávamos acampados. Logo após escurecer o Teófilo já se recolheu para dormir. Eu e o Roberto ficamos até tarde proseando, sobre caminhadas, sobre a vida, sobre as estrelas.
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Nuvens de chuva e por do sol. Reflexo do lago de Serra da Mesa ao fundo |
No dia seguinte acordamos bem cedo e logo arrumamos tudo, para aproveitar o frescor da manhã e caminhar com um pouquinho mais de conforto. Mas claro que não foi rápido a ponto de esquecer do espetáculo do nascer do sol no Buracão...
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Nascer do sol no Buracão |
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Amanhecer no acampamento |
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Os primeiros raios de sol iluminam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros |
Recolhido o acampamento partimos decididos. Para o alto e avante! Subindo a crista, passando por um primeiro cucuruto onde existe um marco da Comissão Nacional de Cartografia, e logo chegando ao ponto mais alto do Buracão. Dalí em diante, só descida.
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Teófilo ao lado do marco da CONCAR |
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Tô cansaaaado! |
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No topo do Buracão |
Seguimos descendo, e depois de um trecho bastante inclinado e acidentado, chegamos na outra área de acampamento, que nos brindou com uma pequena nascente. Aproveitamos para nos refrescar e matar a sede acumulada desde o dia anterior. Para aqueles que desejarem repetir a travessia, é importante lembrar que esta nascente pode estar seca entre os meses de maio a outubro, portanto não é água para se contar como certa.
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Morro da Baleia visto do Buracão |
Depois do platô a descida vai se tornando cada vez mais fácil, com apenas alguns trechos mais acidentados se interpondo entre cristas e platôs mais planos, seguindo um alinhamento de totens que algum excursionista se deu ao trabalho de montar para marcar o caminho. Um pouco mais para baixo, já começam a aparecer sinais de trilha, que vai se tornando mais e mais bem marcada até a ponta da crista leste do Buracão, já tocando a estrada de asfalto que vem de Alto Paraiso.
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Quase no final da trilha, com a parte mais alta do morro ao fundo |
Meio dia em ponto chegamos de volta ao carro, exatas 23 horas após o início da caminhada. Quase um dia completo, mas que durou e valeu como nenhum outro. E pensar que foram só 8,5 km de trilha.....
Depois desta excursão contagiando aos mais tímidos, por aptidão ou condicionamento, o que nos aflora é uma grande vontade de participar. Um final de semana digno de um brinde as paisagens e estes cenários exuberantes de paz e harmonia. Apesar do grande esforço...mas quem disse que é fácil chegar ao paraíso...maneiríssimo rapazes!!!
ResponderExcluirOlá, estava pensando em repetir esse ascensão ao buracão e gostaria de saber mais sobre a abordagem à crista oeste como foi relatada...
ResponderExcluirPoderíamos trocar informações e rotas, estou considerando a hipótese de ir ainda esta semana, portanto torço para que consiga ver este tópico antes disso rsrs
Vamos se falando tenho mais de 20 travessias traçadas e tenho os tracklogs para disponibilizar...
Se possível gostaria de pedir mais informações sobre a ascensão de vcs..
Abs
danielbrasilis@gmail.com