terça-feira, 17 de dezembro de 2013

CANOAGEM E MONTANHISMO EM SERRA DA MESA /SERRA NEGRA

O lago de Serra da Mesa está localizado no norte de Goiás.  Suas margens são recortadas por morros e serras muito belos.  A mais alta é a Serra Negra com altitude de 1081 metros. Aproveitamos para combinar duas atividades que adoramos: montanhismo e canoagem.

Saímos de Brasília no dia 15 de novembro de 2013 às 7h da manhã. Formamos um grupo com 5 pessoas: Andrea, Fabio, Laerte, Diana e Ana Luiza (canoista de Belém).  Remamos em três caiaques turismo e um caiaque inflável Gumotex Solar 410.  Nosso destino foi a Pousada Serra Negra onde deixamos o carro depois de convencer o gerente de que não depredaríamos as ilhas.  Almoçamos no restaurante simples da pousada e depois de muita prosa preparamos os caiaques e começamos a remar já eram 16h.

Acesso ao Lago de Serra da Mesa.

Início! Já avistando Serra Negra.

Nosso trajeto pelas águas mornas de Serra da Mesa foi seguindo bordeando a Serra Negra até alcançar a crista de subida.  Neste primeiro dia remamos durante 2 horas.

Imagem satélite mostrando o trajeto da expedição.


Andrea e Fabio remando o Gumotex Solar 410. O desempenho foi muito bom, mas a hidrodinâmica dele não nos permitiu acompanhar os outros caiaques turismo na mesma velocidade.

No final da tarde, tivemos facilidade em encontrar um bom lugar para acampar, aproveitando que o nível da água estava muito baixo.
Laerte  e o caiaque da Diana ao fundo.

O sol se despediu quando a lua cheia já chegava para nos dar as boas vindas.  Nada como curtir uma noite de acampamento à luz do luar!



Acordamos com o nascer do sol.  Rapidamente desarmamos acampamento e preparamos os caiaques. 

   Acampamento no nascer do sol

Com tudo arrumado seguimos em direção ao ponto de subida.  

Ana Luiza e outras serras ao fundo.

 
Depois de uma hora de remada, chegamos ao ponto de subida.  Para nossa surpresa, ao sair dos caiaques, afundamos metade das pernas em uma lama com cheiro de cocô de capivara e conchas podres.  Enlameados conseguimos camuflar os barcos e nos preparamos para caminhar.

Caiaques camuflados.

Começamos a subir às 10h30 da manhã.  Nosso maior desafio foi aguentar o calor e a sensação térmica de mais de 40 graus celsius.   De 20 em 20 minutos parávamos para descansar tentando nos abrigar nas escassas sombras dos arbustos do cerrado. À medida que subíamos, a vista do Lago de Serra da Mesa se mostrava mais bela.




Fotos da subida e do visual do lago.

Subimos diversos trepa pedras.  Não há trilhas nesta crista da Serra.  Atingimos o cume depois de 5 horas de subindo 600 metros de desnível.  O topo da Serra Negra é abaulado dificultando definir claramente o cume.  Assim, tiramos uma foto mas decidimos não deixar uma pirca marcando o local.

Grupo no cume da Serra Negra - da esquerda para direita: Diana, Laerte, Ana Luiza, Fabio e Andrea

Descemos pelo mesmo trajeto. 


Cansados, mas com sorriso nos lábios,  voltamos aos caiaques, arrumamos os equipamentos e seguimos para encontrar um bom lugar para acampar.

Turma de volta aos caiaques.

O vento soprava forte agitando as águas do lago.  Felizmente logo encontramos um novo lugar para montar as barracas.

Segundo acampamento.

Curtimos mais uma linda noite e um amanhecer fantástico!


Nascer do sol em nosso acampamento.


Novamente desarmamos acampamento, arrumamos os caiaques e colocamos os remos na água.  Remamos agora de volta aos carros.  Nossa expedição estava chegando ao fim.


Chegamos na Pousada Serra Negra por volta das 12h. Valeu demais!  Mais um cume do Planalto Central visitado.
 

 Elaborado por: Andrea Zimmermann
Participantes da expedição:  Laerte Cardoso, Ana Luiza, Andrea Zimmermann,  Fabio França e Diana Nishimura




sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Circuito do Monte Ocre - ITALIA



O Monte Ocre é uma montanha localizada no Parque Regional Velino-Sirente na região de Abruzzo, na Italia.  Fizemos a caminhada na companhia de membros da Associação Trekking Itália.  Estavamos em Roma desejando uma trilha nas montanhas! Procurando na internet, encontramos essa galera super organizada e muito gente boa  - www.trekkingitalia.org  Fomos ao encontro semanal do grupo, nos associamos e no domingo, 28 de julho, já colocamos as botas na trilha juntos.




A caminhada tem cerca de 15 km e 600 metros de desnivel.  Começamos caminhando por uma estradinha de terra e em seguida segue montanha acima ziguezaguendo a encosta sem um traçado bem definido (tipo vara mato mesmo).  A turma subia animada conversando e fografando as lindas paisagens de campos de altitude.



Chegamos ao cume do Monte Ocre as 13h. Lá fizemos um lanche e ficamos um bom tempo contemplando o visual da area. Infelizmente, o calor do  verão italiano já tinha derretido toda neve das montanhas do Parque.


Continuamos o circuito com mais belas vistas e chegamos aos carros as 17h. Para fechar o dia com chave de ouro,  curtimos uma festa tipica italiana com musicas populares ao vivo, queijos, presuntos e cervejas artesanais.


Adoramos o dia! Agradecemos aos novos amigos da Trekking Italia!

Elaborado por:  Andrea Zimmermann e Fabio Araujo




















domingo, 21 de abril de 2013

Travessia da Serra da Bulcaina


Aproveitamos o feriado da Semana Santa para explorar as belas e recortadas cristas da Serra da Bulcaina, localizada na região de Padre Bernardo em Goiás.  Esta Serra não se constitui em um maciço isolado.  Faz parte de um conjunto de outras serras das redondezas com potencial para muitas outras caminhadas.

Primeiro dia - 29/03/13  (Brasília - Acampamento Base)

Saímos de Brasília cerca de 10 horas da manhã. Seguimos rumo a Padre Bernardo e depois em direção à Niquelândia.  Chegamos no sítio que fica na base da Serra próximo das 16h30.  A viagem poderia ter sido mais rápida, mas ficamos esperando algumas horas o Renato (que veio de Minaçu) .

Tivemos uma ótima acolhida ao chegar na montanha.  A família do Senhor Bonifácio é muito carinhosa e gentil.  

 Foto 1: Chegada com boa receptividade do Sr Bonifácio.  Da esquerda para direita:  Teófilo, Bonifácio, Fabio, Andrea, Laerte, Peter, Renato e (filho do Sr. Bonifácio).

Deixamos os carros estacionados na casa do Sr. Bonifácio.

 Pelo tardar da hora, decidimos acampar num pasto, próximo ao rio, cerca de 800m do iníco das cristas da montanha.

 Dia 2 - 30/03/13 (Acampamento base - Cume da Serra da Bulcaina)


Desarmamos o acampamento e iniciamos a caminhada cerca de 8h30.  Não há trilhas no local.  Caminhamos cerca de 10 minutos em uma área de pasto até alcançar o início da crista.  
Foto 2:  Aproximação - cruzando o pasto.  

O princípio da subida já nos deu uma amostra de como seria o percurso:  alta declividade (trechos com mais de 60 graus) com gramíneas e canelas de ema. Subimos trecho a trecho maravilhados com a beleza do local e a singularidade daquelas cristas que às vezes chegavam a ter cerca de 2 metros de largura. Levamos cerca de 3 horas para vencer 600 metros de desnível até a parte alta da crista na cota 1000.  A partir de daí,  o percurso ficou mais suave, mas ainda estávamos a alguns quilômetros e a mais de duzentos metros de desnível do nosso destino.


Foto 3:  Fabio caminhando rumo ao cume da Serra da Bulcaina.

Às 16h30 chegamos ao topo da Serra da Bulcaina.  Cansados e felizes! Preparamos uma pirca e deixamos um livro de cume (na verdade um pequeno caderno) para que outros caminhantes e montanhistas registrem sua visita a esta bela montanha.  Espero que você se anime a conhecê-la.

 Foto 4:  Pirca com caixa do livro de cume.




Foto 5: Cabeças e botas unidos na chegada ao cume.

 Felizmente, encontramos bons lugares para acampar  no cume. 

  Foto 6: Andrea e Fabio ao lado de sua barraca.

 Dia 3 - 31/03/13 (Cume da Serra da Bulcaina - Casa do Sr Bonifácio - Brasília)

O dia nasceu lindo!  A montanha nos envolveu com uma gostosa sensação de plenitude e integração.

 Foto 7:  Nascer do sol.

Foto 8: Grupo no amanhecer (Fabio, Andrea, Laerte, Peter, Renato e Teófilo).

Continuamos nas cristas para descer.  Denominamos nosso trajeto de Via da Ferradura pelo formato do percurso.  As descidas foram super íngrimes,  com vários trechos instáveis e com pedras soltas. Não utilizamos corda porque não havia pontos de ancoragem.  Fizemos uma progressão lenta para aumentar nossa segurança.

Próximo ao final, o grupo se dividiu: Peter, Renato e Teófilo desceram pelo vale; e Andrea, Laerte e Fábio seguiram pela crista.  Chegamos à conclusão que o melhor trajeto é caminhar pela crista. Apesar de ser necessário subir e descer algumas vezes,  o capim baixo facilita muito a progressão.  A opção do vale era mais curta e mais difícil.  O grupo teve que atravessar bambuzais, capim alto e desníveis acentuados.

 Foto 9: Descendo a Serra.

Foto 10:  Laerte no trecho final de descida.

Próximo ao meio dia, chegamos à casa do Sr. Bonifácio e sua família.  Eles nos receberam com alegria, ansiosos para que contássemos como foi a aventura.  Aproveitamos para comer um delicisoso bolo de mandioca, comprar os queijos que eles produzem e agradecer a hospitalidade.

A região da Serra da Bulcaina merece muitas outras visitas.  Valeu demais a ótima companhia de todos que participaram dessa expedição.  São eles:
Andrea Zimmermann,  Fabio França, Laerte Cardoso, Renato de Oliveira, Teófilo das Neves e Peter ...

Elaborado por:  Andrea Zimmermann
Fotos: Andrea Zimmermann e Fabio França

 




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Travessia Leste- Oeste da Serra do Paranã


A Serra geral do Paranã se extende por aproximamente 200 km no sentido Norte-Sul, entre os municípios goianos de Alto Paraiso e Formosa. No entanto, no seu limite norte, a serra possui um trecho com orientação leste-oeste, limitado ao norte  pelo vale do Moinho, e ao sul  pelo vale do Rio Macacão. Foi este trecho leste-Oeste que percorremos no feriado de 2 a 4 de novembro deste ano de 2012.

Na sexta, dia 2 , chegamos (Andrea, Fabio  e Orlando) sem pressa em Alto Paraiso. Lá chegando fomos encontrar os outros participantes da caminhada, o Gunnar e o Arthur. Acabou que o Gunnar desistiu de caminhar, mas se ofereceu a nos deixar no início da caminhada, próximo ao  ponto onde o Vale do Moinho se junta ao Vale do Paranã, e onde a topografia da serra do paranã permite um acesso à sua parte alta.

Subindo a serra, sem trilha
O início da caminhada foi um trecho íngreme, com muitas pedras soltas e vegetação de Cerrado. Começamos à caminhar por volta das 15 horas, e gastamos o resto da tarde para vencer os cerca de 600m de desnível até a parte alta da serra. A progressão horizontal foi mínima, uns 4 km no máximo.

|Por do sol no primeiro acampamento
No início ficamos preocupados com o Arthur, pois esta seria sua primeira caminhada de travessia, levando a casa na mochila. Mas ele se mostrou à altura de desafio, e enfrentou a pirambeira com disposição!



Nossa grande preocupação era a água, escassa no topo de serras, ainda mais  no final da estação seca no Planalto Central. Começamos a caminhada com cerca de 4 litros por pessoa, mas tivemos a sorte de encontrar um leito de riacho que embora sem água corrente, tinha algumas poças que permitiram completar os cantis.

Trecho da trilha no topo da serra


No dia seguinte, no topo da serra, tivemos a surpresa de encontrar já uma trilha de crista, que seguimos. A temperatura agradável devido ao dia nublado e  a existencia de trilha nos permitiram caminhar sem dificuldade. O  percurso da caminhada, no topo da serra, oferecia  vistas tanto do vale do Macacão quanto do vale do Moinho, além das serras do Pouso Alto mais além à noroeste.

Panorama do topo da serra


No percurso, trechos de cerrados e campos se sucediam, um mais belo que o outro. Mas água que é bom... nada! Finalmente achamos mais um riacho com algumas poças de água de cor acinzentada.... Filtramos como foi possivel, mas não ajudou muito. Enchemos as garrafas mesmo assim, e Aproveitamos para comer alguma coisa por alí mesmo. Já era por volta de meio dia, e já contávamos com umas 4 horas de caminhada até ali.

Florestinha de arnica


Continuamos seguindo a trilha e cerca de uma hora depois tivemos a felicidade de econtrar um córrego permanente, com água corrente e transparente! Paramos novamente para beber muita água, renovar o estoque do líquido nas mochilas e descansar mais um pouco.

Campos do topo da Serra


O mapa indicava que estávamos muito próximos da trilha cavaleira que dá acesso ao vale do rio Macacão, uma velha conhecida de incontáveis caminhadas. De fato, uns trezentos metros mais para frente encontramos esta trilha, e decidimos passar a noite em uma área de camping na trilha para a cachoeira do Sertão Zen.



Alguém sabe quem é este sujeito?


Chegamos por volta das 17 horas à área de acampmento, com tempo de sobra para um bom banho no rio do Sertão Zen, bater papo, e até tirar um cochilo quando começaram a cair alguns pingos.

Por sinal, o tempo foi extremamente camarada com a gente: as nuvens sempre escondendo o sol, o vendo ajudando a amenizar o calor  e só um pinguinho ou outro de vez em quando. Só choveu mesmo  na noite de sábado para domingo, quando já estávamos confortavelmente instalados nas barracas.

Depois da chuva, flores!
No domingo, acordamos em estilo "relax" já que estar no Sertão Zen era como estar em casa. Arrumamos tudo e por volta das 9 descemos até a cachoeira, que o Arthur ainda não conhecia. Garoava um pouco, mas não chegou a atrapalhar.

Panorâmicado topo da cachoeira do Sertão Zen

Por volta das 10 começamos a caminhada final para Alto Paraiso, onde chegamos por volta das 13:00, para um almoço no restaurante Avalon antes de pegar a estrada de volta para Brasília. A caminhada, no total, teve uma extensão de uns 35 km, percorridos com tranquilidade durante os três dias, com muito tempo para contemplar a paisagem, curtir o vento da montanha e confraternizar com os companheiros de trilha.

Em resumo, um feriado bem aproveitado! 

O grupo com Alto Paraiso ao fundo, momentos antes da descida final