sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Travessia Leste- Oeste da Serra do Paranã


A Serra geral do Paranã se extende por aproximamente 200 km no sentido Norte-Sul, entre os municípios goianos de Alto Paraiso e Formosa. No entanto, no seu limite norte, a serra possui um trecho com orientação leste-oeste, limitado ao norte  pelo vale do Moinho, e ao sul  pelo vale do Rio Macacão. Foi este trecho leste-Oeste que percorremos no feriado de 2 a 4 de novembro deste ano de 2012.

Na sexta, dia 2 , chegamos (Andrea, Fabio  e Orlando) sem pressa em Alto Paraiso. Lá chegando fomos encontrar os outros participantes da caminhada, o Gunnar e o Arthur. Acabou que o Gunnar desistiu de caminhar, mas se ofereceu a nos deixar no início da caminhada, próximo ao  ponto onde o Vale do Moinho se junta ao Vale do Paranã, e onde a topografia da serra do paranã permite um acesso à sua parte alta.

Subindo a serra, sem trilha
O início da caminhada foi um trecho íngreme, com muitas pedras soltas e vegetação de Cerrado. Começamos à caminhar por volta das 15 horas, e gastamos o resto da tarde para vencer os cerca de 600m de desnível até a parte alta da serra. A progressão horizontal foi mínima, uns 4 km no máximo.

|Por do sol no primeiro acampamento
No início ficamos preocupados com o Arthur, pois esta seria sua primeira caminhada de travessia, levando a casa na mochila. Mas ele se mostrou à altura de desafio, e enfrentou a pirambeira com disposição!



Nossa grande preocupação era a água, escassa no topo de serras, ainda mais  no final da estação seca no Planalto Central. Começamos a caminhada com cerca de 4 litros por pessoa, mas tivemos a sorte de encontrar um leito de riacho que embora sem água corrente, tinha algumas poças que permitiram completar os cantis.

Trecho da trilha no topo da serra


No dia seguinte, no topo da serra, tivemos a surpresa de encontrar já uma trilha de crista, que seguimos. A temperatura agradável devido ao dia nublado e  a existencia de trilha nos permitiram caminhar sem dificuldade. O  percurso da caminhada, no topo da serra, oferecia  vistas tanto do vale do Macacão quanto do vale do Moinho, além das serras do Pouso Alto mais além à noroeste.

Panorama do topo da serra


No percurso, trechos de cerrados e campos se sucediam, um mais belo que o outro. Mas água que é bom... nada! Finalmente achamos mais um riacho com algumas poças de água de cor acinzentada.... Filtramos como foi possivel, mas não ajudou muito. Enchemos as garrafas mesmo assim, e Aproveitamos para comer alguma coisa por alí mesmo. Já era por volta de meio dia, e já contávamos com umas 4 horas de caminhada até ali.

Florestinha de arnica


Continuamos seguindo a trilha e cerca de uma hora depois tivemos a felicidade de econtrar um córrego permanente, com água corrente e transparente! Paramos novamente para beber muita água, renovar o estoque do líquido nas mochilas e descansar mais um pouco.

Campos do topo da Serra


O mapa indicava que estávamos muito próximos da trilha cavaleira que dá acesso ao vale do rio Macacão, uma velha conhecida de incontáveis caminhadas. De fato, uns trezentos metros mais para frente encontramos esta trilha, e decidimos passar a noite em uma área de camping na trilha para a cachoeira do Sertão Zen.



Alguém sabe quem é este sujeito?


Chegamos por volta das 17 horas à área de acampmento, com tempo de sobra para um bom banho no rio do Sertão Zen, bater papo, e até tirar um cochilo quando começaram a cair alguns pingos.

Por sinal, o tempo foi extremamente camarada com a gente: as nuvens sempre escondendo o sol, o vendo ajudando a amenizar o calor  e só um pinguinho ou outro de vez em quando. Só choveu mesmo  na noite de sábado para domingo, quando já estávamos confortavelmente instalados nas barracas.

Depois da chuva, flores!
No domingo, acordamos em estilo "relax" já que estar no Sertão Zen era como estar em casa. Arrumamos tudo e por volta das 9 descemos até a cachoeira, que o Arthur ainda não conhecia. Garoava um pouco, mas não chegou a atrapalhar.

Panorâmicado topo da cachoeira do Sertão Zen

Por volta das 10 começamos a caminhada final para Alto Paraiso, onde chegamos por volta das 13:00, para um almoço no restaurante Avalon antes de pegar a estrada de volta para Brasília. A caminhada, no total, teve uma extensão de uns 35 km, percorridos com tranquilidade durante os três dias, com muito tempo para contemplar a paisagem, curtir o vento da montanha e confraternizar com os companheiros de trilha.

Em resumo, um feriado bem aproveitado! 

O grupo com Alto Paraiso ao fundo, momentos antes da descida final














sexta-feira, 13 de julho de 2012

Travessia do Pico da Bandeira



O Pico da Bandeira (2891m)  é a terceira maior montanha do Brasil.  Está localizado no Parque Nacional do Caparaó em MG e ES.  Tradicionalmente, a caminhada ao Pico da Bandeira é realizada num "bate volta" a partir da portaria de Alto Caparaó.  Entretanto, o lado do Parque localizado no Espírito Santo é lindo!  Paisagens de montanhas entrecortadas por rios e cachoeiras são marcantes na área de Pedra Menina.   Assim,  a forma mais bela e interessante de conhecer o Pico da Bandeira é fazer a travessia:  Acampamento da Macieira (acesso pela portaria de Pedra Menina/ES) - Cume - Portaria de Alto Caparaó.  Fizemos a travessia em julho de 2012.


Chegamos ao acampamento da Macieira à tarde.  Deixamos as mochilas prontas para um ataque alpino à montanha. 



Às 3 horas da manhã começamos a caminhar.   A noite estava espetacular!  A lua cheia no céu iluminava de tons prateados a vegetação ao lado da trilha.  A sinalização facilitou nosso deslocamento à noite e chegamos antes do sol nascer no cume do Pico da Bandeira.  Fomos presenteados com belas paisagens dos vales iluminados pelo sol ao amanhecer.  





  Depois de cerca de 2 horas no cume,  seguimos em direção à área de acampamento Casa Queimada e mais adiante para o Terreirão.  A trilha está toda sinalizada.  A equipe do ICMBio tem trabalhado para conter erosões, manter as trilhas e a sinalização.  Lembre de colaborar para os cuidados com as trilhas e lugares de acampamento sempre que estiver em ambientes naturais.





Chegamos à Tronqueira onde os carros estavam nos esperando cerca de 14h.

 Mais informações sobre o Parque Nacional do Caparaó e as oportunidades de visitação:
http://www.icmbio.gov.br/parnacaparao/guia-do-visitante.html


 Elaborado por: Andrea Zimmermann
Fotos: Andrea Zimmermann



segunda-feira, 14 de maio de 2012

Serra do Pouso Alto - O "cume" do Planalto Central


A Serra do Pouso Alto é o ponto mais alto do Planalto Central.  Está localizada a aproximadamente 5 km de Alto Paraíso no Estado de Goiás e a apenas 2 km da rodovia GO 518.  Embora seja o ponto mais alto do Planalto com 1665 metros de altitude,  a Serra não é considerada uma montanha propriamente dita pois a altura da base ao cume não passa de 100 metros.  Mesmo assim, o lugar é lindo e é um ícone das terras altas da região central do país.

Como a caminhada é curta, não nos apressamos para começar.  Saímos de Brasília cerca de 9h do dia 21 de abril de 2012 (Andrea, Fabio e Teo).  Combinamos de encontrar o Renato, que veio de Minaçu,  no restaurante Oca Lila, em Alto Paraíso .  Depois de um delicioso almoço vegetariano,  nos preparamos para colocar as botas na trilha.

Até a base da Serra, caminhamos por campos de pepalantus floridos em um desnível muito suave.
    Início da caminhada pelas trilhas de coletores de sempre-vivas. 

    Campo de pepalantus. 

Subimos a Serra por um vara mato básico, entre pedras e arbustos.  Nem sinal de trilha. Antes de chegar ao topo, passamos por uma área plana onde acampamos.

Alcançamos o cume do Pouso Alto cerca de 16h30.  Aproveitamos a linda luz de final de tarde para apreciar a vista dos vales da região.
   Andrea no cume da Serra do Pouso Alto.

    Da esquerda para direita: Teófiolo, Renato, Andrea e Fabio 

Antes de escurecer, voltamos para armar o acampamento e curtir o pôr do sol com uma boa conversa e um visual maravilhoso.

    Pôr do sol na Serra do Pouso Alto.

No dia seguinte, tomamos café da manhã e descemos a Serra por um novo caminho,  fazendo uma travessia.  Chegamos ao carro por volta de 10h.

Foi uma rápida e  bela caminhada.  Deixou um gostinho de quero mais!

Dica:  A área onde acampamos não tinha água.  Recomendamos encher os recipientes de água antes de começar.

Participantes: Andrea, Fabio, Teófilo e Renato.

domingo, 25 de março de 2012

Travessia Oeste - Leste do Morro do Buracão

Participaram: Fabio,  Roberto  Hochin,  Teofilo

Partimos de Brasilia por volta das 09:00 de sábado, saindo em direção a Alto Paraiso de Goiás. O asfalto da  GO-118  está bem melhor do que estava no começo do ano, então a viagem até a chapada foi tranquila e sem incidentes. De Alto Paraiso pegamos a estrada para São Jorge, parando no rancho do Seu Waldomiro por volta de meio dia. Estando lá, não resistimos: caimos matando na "Matula", um prato típico que é a especialidade da casa. Depois de almoçados, saimos sem cerimônia para pegar no pesado: Encaramos 4 km de asfalto, com sol de rachar, até o ponto de acesso à crista oeste do Morro do Buracão.

Saimos da estrada no rumo da encosta, e logo já estávamos subindo em terreno bastante inclinado.
O calor e a inclinação logo cobraram o "pedágio" aos três: precisamos dar uma parada de alguns minutos em uma sombra providencial para recuperar as forças. Mas é assim mesmo: como diz o ditado, "é com sol e ladeira que se forja um bom caminhante".

O  terreno continuou inclinado, inclusive com alguns trechos de "escalaminhada" nos quais o Roberto precisou de uma mãozinha por não estar acostumado a esse tipo de terreno. Finalmente chegamos na crista, que apesar de acidentada e com muitas pedras, seguia com inclinação mais suave em direção ao cume do buracão.

Mais um pouco de suor e já  chegamos no platô,  um dos dois únicos locais planos o suficiente para acampar comfortavelmente na parte alta do morro. Como já eram 16:00,  resolvemos parar por ali mesmo. O calor ainda estava grande, e a dúvida era beber muita água logo e passar sede no dia seguinte, ou segurar as pontas para sobrar água para o resto da caminhada...

Jardins de Maitrea, visto a partir do Buracão


Passamos o resto da tarde arrumando as barracas, treinando nós e contemplando a paisagem, que se extendia até o lago de Serra da Mesa. Várias nuvens de chuva dançavam no céu ao redor, mas durante toda a caminhada nenhuma resolveu nos presentear com uma ducha refrescante.

Teófilo treinando nós no acampamento




No por do sol, nos alojamos em uma pedra que era o ponto mais alto do platô onde estávamos acampados. Logo após escurecer o Teófilo já se recolheu para dormir. Eu e o Roberto ficamos até tarde proseando, sobre caminhadas, sobre a vida, sobre as estrelas.
Nuvens de chuva e por do sol. Reflexo do lago de Serra da Mesa ao fundo

 No dia seguinte acordamos bem cedo e logo arrumamos tudo, para aproveitar o frescor da manhã e caminhar com um pouquinho mais de conforto. Mas claro que não foi rápido a ponto de esquecer do espetáculo do nascer do sol no Buracão...


Nascer do sol no Buracão

Amanhecer  no acampamento

Os primeiros raios de sol  iluminam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros
Recolhido o acampamento partimos decididos.  Para o alto e avante!  Subindo a crista, passando por um primeiro cucuruto onde existe um marco da Comissão Nacional de Cartografia, e logo chegando ao ponto mais alto do Buracão. Dalí em diante, só descida.


Teófilo ao lado do marco da CONCAR
Tô cansaaaado!
No topo do Buracão
Seguimos descendo, e depois de um trecho bastante inclinado e acidentado, chegamos na outra área de acampamento, que nos brindou com uma pequena nascente. Aproveitamos para nos refrescar e matar a sede acumulada desde o dia anterior. Para aqueles que desejarem repetir a travessia, é importante lembrar que esta nascente pode estar seca entre os meses de maio a outubro, portanto não é água para se contar como certa.


Morro da Baleia visto do Buracão
Depois do platô a descida vai se tornando cada vez mais fácil, com apenas alguns trechos mais acidentados se interpondo entre cristas e platôs mais planos, seguindo um alinhamento de totens que algum excursionista se deu ao trabalho de montar para marcar o caminho. Um pouco mais para baixo, já começam a aparecer sinais de trilha, que vai se tornando mais e mais bem marcada até a ponta da crista leste do Buracão, já tocando a estrada de  asfalto que vem de Alto Paraiso.

Quase no final da trilha, com a parte mais alta do morro ao fundo
Meio dia em ponto chegamos de volta ao carro, exatas 23 horas após o início da caminhada. Quase um dia completo, mas que durou e valeu como nenhum outro. E pensar que foram só 8,5  km de trilha.....

segunda-feira, 5 de março de 2012

Trekking nos Kalungas

No último carnaval, o  Rochael e o Ivam, participantes do Grupo de Caminhada de Brasilia e velhos camaradas de trilha, realizaram um trekking de mais de 90km na região dos Kalungas, a norte da cidade de Cavalcante-GO.

 Vejam o relato no site do Rochael clicando aqui:

quinta-feira, 1 de março de 2012

Pico do Itambé - visita ao Teto do Sertão Mineiro

Trekking de travessia entre a Vila Capivari e Santo Antônio do Itambé.

Participaram: Aldem, Andrea, Danielle, Fabio, João, Marcondes, Renato, Teófilo, Ticiana

Com 2044 metros de altitude, O Pico do Itambé, também conhecido como "Teto do Sertão Mineiro",  é o ponto culminante da Serra do Espinhaço e está protegido por um Parque Estadual de Minas Gerais. Este Parque foi o destino de uma visita do Grupo de Caminhadas de Brasilia no Carnaval  de 2012 (19 a 21 de fevereiro).

   Foto 1: Vista do Pico do Itambé
O grupo saiu de Brasilia em três levas diferentes: um carro na sexta de manhã, um carro e uma moto na sexta à tarde e uma moto mais à noitinha. O ponto de encontro foi o pequeno e pitoresco povoado de Capivari, que fica no sopé do Pico. 

Atendendo ao costume local, nos distribuímos para dormir nas casas dos moradores, que buscam na hospedagem de turistas uma complementação de renda. Fomos muito bem recebidos no autentico estilo da hospitalidade mineira, com direito a muitas horas de boa prosa. Ficamos muito felizes de reencotrar o Salvador, que haviamos conhecido (Fabio e Andrea) em nossa primeira visita ao Itambé, 10 anos atrás.

   Foto 2:  Receptivo familar da Neném - ótima comida!


Na manhã do dia seguinte, iniciamos a caminhada. O objetivo do "trekking" foi  subir o Pico do Itambé pela trilha de Capivari, dormir em seu topo e continuar pela trilha que desce para Santo Antônio do Itambé, retornando para Capivari pela trilha dos tropeiros, que passa ao sul da montanha. A caminhada iniciou-se de forma bem tranquila, por estradinhas de terra seguindo em direção à serra. Logo estávamos na trilha, subindo os vários platôs para vencer os quase 900 metros de desnível entre a base e o topo do Itambé.  A vista começava a se ampliar, permitindo contemplar as outras serras ao redor.


    Foto 3: Paisagem vista da subida ao Pico do Itambé

O trecho final até o cume foi árduo, com vários trechos de escalaminhada, exigindo bastante atenção e disposição de todos.

   Foto 4:  Trechos finais da subida.
Ao chegar ao topo, o grupo foi  "presenteado" com  um manto de névoa que obstruiu qualquer possibilidade de vista, seja do céu, seja das paisagens abaixo. Mas isso não tirou a animação de ninguém, principalmente de uma valente roda de prosa que esticou o papo até bem tarde, apesar do vento, da neblina e do friozinho de 15 graus celsius.

O outro dia ainda amanheceu dentro da nuvem.  Então desarmamos o acampamento, chegamos ao cume para tirar fotos do grupo e de uma construção  que está em ruínas, apesar de abrigar uma repetidora de telefonia celular. Seria um ótimo local para um abrigo de montanha....

   Foto 5: Grupo no cume do Pico do Itambé
A trilha de descida, ao contrário da do dia anterior, estava muito bem marcada e era de relevo muiiiito mais suave. Portanto, a caminhada foi bem tranquila  montanha abaixo.  Em algumas horas, chegamos à estradinha de terra que nos levou de volta a  Santo Antônio do Itambé e a "civilização", com uma parada para um belo banho na cachoeira do Neném.  Acabamos, por motivos vários, não realizando o retorno para Capivari pela trilha dos Tropeiros. Ou seja, temos um bom motivo para voltar a trilhar novamente por estas terras altas de Minas....

Vejam  as fotos do Aldem aqui.

OBS: Solicite informações ao IEF Minas antes de qualquer atividade no Parque Estadual do Pico do Itambé, ou qualquer outro parque estadual. Atividades de travessia como a relatada nesta postagem necessitam de autorização prévia.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Duas belas montanhas em um fim de semana: P1414 e P1389

Nos dias 04 e 05 de fevereiro de 2012, começamos a temporada desse ano de excursões aos cumes do Planalto Central. Nosso destino foram as duas belas P1414 e P1389 localizadas no território dos Kalungas na porção norte da Chapada dos Veadeiros. Para quem ainda não está familiarizado, essas montanhas não foram balizadas pela população local e nem pelos cartógrafos do IBGE. Sendo assim, temos o costume de chamá-las pelas altitudes que elas têm em relação o nível do mar. Neste caso, uma tem 1414 metros e a outra 1389. Aí estão elas:


    P 1414

    P1389

Saímos no sábado às 6h30 da Toca da Coruja rumo à Cavalcante. Formamos um grupo de 4 pessoas: Andrea, Fabio, Ernesto e Orlando. A estrada até Teresina de Goiás está em péssimo estado. Buracos e mais buracos. Passamos por Cavalcante e seguimos na estrada em direção ao Engenho II. O objetivo do dia foi subir o P1414 localizado a cerca de 15 km do Engenho. Deixamos o carro em uma fazenda próxima à montanha, pegamos nossas mochilas de ataque e pé na trilha.


Caminhamos cerca de 3km por trilhas de gado, cruzamos uma vereda e campos encharcados até a base do morro. A partir de então, duas horas e meia de vara mato e trepa pedra até chegar no cume. A ralação foi compensada pela vista que tivemos do cume. Avistamos dois ícones da Chapada dos Veadeiros: o Dedo do Moleque, nosso velho conhecido, no Vão do Moleque e o P1091, no vão do Almas. Lembramos das lindas e quentes paisagens do Triângulo dos Kalungas.

Dedo do Moleque



P1091

Descemos em cerca de 1hora e meia e voltamos em tempo de montar o acampamento num campsite perfeito, tomar um bom banho num córrego de águas cristalinas e ainda curtir um pôr do sol maravilhoso com boa conversa. Bão demais!! As fotos falam por si mesmas.



No dia seguinte, partimos para o P1389. Fizeram o ataque ao cume somente Orlando e Ernesto, pois Andrea estava com o joelho machucado e o Fabio ficou fazendo companhia na base. A ascensão foi tranquila com vara mato e trepa pedra. Infelizmente, esses morros não têm trilha de acesso ao cume porque não são quase nunca visitados. A cultura do montanhismo ainda precisa ser cultivada no Planalto Central. Em cerca de 1hora, eles chegaram ao cume. Fizemos contatos por rádio e descobrimos que o livro de cume estava repleto de formigas, queimado, totalmente danificado. A descida durou aproximadamente 40 minutos.


   Ernesto e Orlando no cume do P1389

Na volta para casa, paramos para comer uma deliciosa pizza na Oca Lila em Alto Paraíso. Celabramos as ascensões, o ótimo tempo, o contato com os amigos, a vida ao ar livre. Uma ótima combinação: ralação e curtição na medida certa!

Da erquerda para direita: Orlando, Fabio, Andrea e Ernesto











Elaborado por: Andrea Zimmermann