segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Video da Travessia Cidade de Pedra - Cachoeria do Rosário

Olha aí o vídeo que o  Leo fez da travessia Cidade de Pedra - Cachoeira do Rosário nas proximidades de Pirenópolis-GO:
http://www.facebook.com/video/video.php?v=238173022885399&ref=notif&notif_t=video_tag

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Explosões solares interferem no sistema GPS



Nas atividades de excursionismo os receptores de GPS são, cada vez mais, lugar comum. A ponto de muitos, confiantes na extrema precisão e conveniência do aparelho, deixarem de lado as formas tradicionais de navegação (mapa e bússola) e confiando totalmente no GPS  para percorrer uma trilha, achar o caminho a uma cachoeira ou retornar ao ponto de partida após a  escalada de uma montanha. No entanto  esta  tecnologia não é imune a falhas,  e toda pessoa que adentra os ambientes naturais deveria se capacitar na antiga arte da navegação terrestre.


O nosso astro rei passa por ciclos de atividade com duração de 11 anos. Nos períodos de maior atividade, como o que estamos passando agora, são comuns o que se chama de explosões solares, grandes emissões de energia a partir da superfície do sol. Ao chegar a terra este fluxo de energia interfere, em maior o menor grau conforme sua intensidade,  com os sistemas de comunicação e satélites em órbita. A vítima da vez é o sistema GPS, que há 11 anos atrás não tinha o seu uso tão difundido quanto hoje, quando qualquer "smartfone" já vem com um.



Quando a comunicação entre os receptor GPS e os satélites em órbita fica prejudicada, o receptor pode simplesmente para de indicar uma posição (vai indicar que não consegue receber os sinais dos satélites) ou pior, pode fornecer uma posição imprecisa e errática. Um bom motivo para não depositar toda a sua confiança no aparelhinho....

Maiores informações em:

lhttp://www.cnn.com/2011/TECH/mobile/08/05/solar.flare.gps/index.html










terça-feira, 2 de agosto de 2011

Trekking: a importância de conhecer bem equipamentos e navegação terrestre - CBN

Pessoal,

Falamos sobre trekking e sobre o Grupo de Caminhada de Brasília no programa Esporte e Aventura da Rádio CBN. Entrem no link abaixo para ouvir a entrevista com Andrea Zimmermann e Weimar Pentegil:

Trekking: a importância de conhecer bem equipamentos e navegação terrestre - CBN

Na entrevista, não deu tempo de falar sobre todos os dez essenciais, ou seja, aqueles equipos que você SEMPRE deve levar consigo numa caminhada.  Eles foram propostos originalmente na bíblia do montanhismo, o livro  Mountaineering: The Freedom of the Hills, 8th Edition. Posteriormente, foram aperfeiçoados como sistemas ou tipos de equipos que podem nos tirar de uma roubada no matao.
São eles:

1. Equipamentos de navegação (mapa e bússola)
2. Proteção para o sol (protetor solar e óculos de sol)
3. Iluminação (Lanternas, “headlamps”, com lâmpadas e pilhas de reserva)
4. Comida extra
5. Roupa extra
6. Recipiente com água 
7. Estojo de primeiros socorros
8. Kit de reparos (canivete e outros)
9. Material para fazer fogo (fósforos protegidos da água e pederneira)
10. Abrigo de emergência (capa de chuva ou anorak e cobertor de emergência)

A nossa amiga Ritinha tem uma lista de uns 465 essenciais... Não somos tão "NO" assim, mas há outros equipos que também valem a pena levar:
- GPS
- Rádio (talkabout ou VHF)
- Apito
- Telefone celular (com bateria extra)
- Scabin (sabonete ou loção contra carrapatos)

E aí, vocês sugerem outros? Deixem dicas nos comentários!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Travessia Cidade de Pedra - Rosário

O grupo se encontrou na sexta feira(15/07) à noite no Hotel São Jorge, em Cocalzinho de Goiás. A turma chegou aos poucos: Um carro no final da tarde, outros por volta das 10 da noite e o último chegou só depois de meia noite.

Acordamos cedo no sábado, e às sete ja estavamos  à espera da condução que nos levaria à Cidade de Pedra.  Começamos a caminhar em direção ao primeiro objetivo da viagem: O ponto culminante da Serra de São Gonçalo, com 1305m de altitude. Quando chegamos ao ponto mais alto da serra, percebemos que haviam várias pedras de altitude muito semelhante, afastadas algumas centenas de metros entre si. Todas candidatas ao cume "verdadeiro". Para não atrasar a caminhada, escolhemos apenas uma para subir.

A seguir, adentramos a Cidade de Pedra, e passamos algumas horas vagando entre as formações rochosas, mas sempre rumando mais ou menos para oeste, direção do nosso destino no dia seguinte.


Panorâmica de um dos "anfiteatros" da Cidade de Pedra
O grupo, no "Arco do Triunfo"
Formações rochosas

Saindo da Cidade de Pedra, rumamos em direção às cabeceiras do Córrego do Chapadão, um dos formadores das cachoeiras dos dragões. A caminhada seguiu por uma área de campos naturais, com belas vistas das serras ao redor. Paramos para acampar cedo, por volta das 16:00, próximo á margem  um afluente do Córrego do Chapadão, no mesmo ponto utilizado para acampamento na edição anterior da travessia.  No jantar, contamos mais uma vez com um  menu especial da Chef Cinara, nossa especialista em gastronomia "outdoor".

No domingo, acordamos devagar e começamos a caminhar por volta das 09:00. Em pouco tempo chegamos à  uma piscina no Corrego Chapadão, onde parte do grupo parou para um banho. Seguindo viagem, cruzamos pastos, plantações de eucalipto e veredas, até chegar finalmente em nosso destino, as instalações do Demóclito na Cachoeira do Rosário. Por lá  tomamos banho de piscina e cachoeira, almoçamos e esperamos preguiçosamente por nosso transporte, que chegou pontualmente às 16:00 para nos levar de volta aos carros que ficaram em Cocalzinho de Goiás.
"Jacuzzi" no Córrego Chapadão

Vereda de Buritis
Participaram desta caminhada:  André, Andrea, Cinara, Fabio, Helenise, Ina, João,  Leo,  Marco, Roberto(Bob), Sonia, Silvana,
O grupo, pronto para iniciar a caminhada

Fotos do João:

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Travessia Alto Paraíso- P1518-Sertão Zen - Vale do Moinho

Começamos a caminhar na sexta-feira , 08 de julho, depois das 23h. Subimos  o Morrão e tivemos uma tranquila e estrelada noite num bivaque em meio a um campo limpo, com direito a assistir o pôr da lua crescente e ver estrelas cadentes.

No dia seguinte, parte do grupo levantou ainda antes do sol nascer, curtindo a alvorada a partir do ponto mais alto do Morrão. Após um breve "desayuno", saímos cerca de 8h pela trilha principal para o Sertão Zen.

Trilha rumo ao Sertão Zen
 
Depois do Portal de Maetreya,  seguimos rumo à Serra da Baliza para alcançar a base do P1518.  Como esta montanha é muito pouco visitada, não há trilhas.  Fizemos a ascensão com trepa pedra e vara mato.
Chegando ao cume pretendíamos assinar o livro de cume deixado por nós anos antes na nossa primeira visita. Entretanto, o livro estava inutilizável.  Parece que um raio caiu ali  e destriuiu o papel.  Oba! Vamos ter que voltar alí para deixar um novo livro a fim de registrar visitas de excursionistas.

Proximidades do P1518

Olha aí o livro de cume destruido...
Descemos a montanha por uma crista pouco nítida e alcançamos o rio pouco antes da cachoeira do Sertão Zen.  Passamos o dia curtindo a água fria, boas conversas, sonecas e caminhadas pelos arredores.  Passamos a noite bivacando nas rochas da cachoeira e presenciamos um incrível amanhecer no vale do rio Macaco.
 Grupo nas rochsa da cachoeira

Amanhecer no Sertão Zen

Domingo, 10 de julho, fizemos a trilha do Sertão Zen para o Vale do Moinho.  O percurso de distancia da trilha original de retorno a Alto Paraíso para alcançar uma crista estreita que chega na estrada do Moinho.  Este trecho é muito mais difícil que a trilha normal, mas também é muito mais "legal", propiciando vistas fantásticas dos paredões de rocha da serra, do vale do moinho e das cachoeiras do outro lado do vale.

Descida do Morro da Pedra Ruim


A parte mais dura da caminhada foi o final:  caminhar 4km na estrada de terra do vale do Moinho, sob o sol do meio dia,  até chegar em Alto Paraíso. Encerramos as atividades com um almoço no restaurante Oca Lila.

Quem quiser ver mais fotos, basta acessar o Flickr do Roberto Ribeiro:  http://www.flickr.com/photos/robertofig/sets/72157627195206596/

Esse foi um daqueles finais de semana super bem aproveitados em um lugar lindo, com pessoas ótimas.  Até a próxima!

Elaborado por: Andrea Zimmermann
Fotos: Andrea Zimmermann e  Fabio Araújo
Participantes:  Andrea, Fabio, Orlando, Cinara, Bernhar, Luiza, Roberto, Roberto Alves e Leonardo.

Carta imagem da travessia

domingo, 26 de junho de 2011

TRIÂNGULO DOS KALUNGAS

O Triângulo dos Kalungas é um circuito de caminhada que conecta, por trilhas,  três regiões habitadas no território quilombola da borda norte da Chapada dos Veadeiros: o Engenho, o Vão do Moleque e o Vão de Almas. Em cada uma destas três regiões existe uma montanha  emblematica: o P1414 (nas proximidades do Engenho 2, e ponto culminante do território quilombola, com 1414 metros de altitute, sem nome local ); o Morro do Moleque (no Vão do Moleque) apelidado por nós de Dedo do Moleque; e o  Morro do Moleque do Vão de Almas, conhecido por nós como P1091 (pois tem 1091 metros de altitude) .   As três montanhas foram escaladas por nós anos antes.  Idealizamos este trekking quando atingimos o cume do P1414 e visualizamos as duas outras montanhas.  
Este relato conta a primeira expedição para completar o circuito, com a participação de:  Andrea Zimmermann,  Fabio França,  Aldem Bourscheit  e Ticiana Pontes.

Dia 0 – 17 de junho de 2011

Saímos de Brasília às 21h30 rumo à Cavalcante onde fomos muito bem recebidos na Pousada Aruana para o pernoite.  A pousada é ótima e tem uma café da manhã maravilhoso.  Vale a pena se hospedar lá quando for a Cavalcante: www.aruanacavalcante.com.br

Dia 1 – 18 de junho de 2011
Itinerário: P1414  - proximidades da cachoeira do Curriola
Distância percorrida: 17km
Tempo de caminhada:  7 horas


Deixamos o carro próximo ao P1414.  A trilha se inicia próxima à sede de uma fazenda ao cruzar um córrego de águas cristalinas e uma vereda.  A paisagem marcou um belo começo de caminhada com campos rupestres floridos que cobriam as serras ao redor.  Durante todo o dia, encontramos trilhas seguindo para diversas direções, convidando-nos a uma navegação atenta.
Seguimos até a cachoeira do Curriola que estava com um belo poço, mas quase sem água na queda.  Pretendíamos dormir nos arredores da cachoeira, mas como não achamos um bom camp site,  seguimos três quilômetros adiante e acampamos entre serras próximo a uma nascente.

Dia 2 – 19 de junho de 2011
Itinerário: Camp 1 – Vão do Moleque – Raizama
Distância percorrida: 25km
Tempo de caminhada: 8 horas

Começamos a caminhar as 8h da manhã com o sol mostrando que o dia seria bastante quente.  Descemos a serra para o Vão do Moleque por uma trilha sinuosa na mata que seguia muitas vezes por um veio onde provavelmente corre água na chuva. Na descida, avistamos algumas vezes o  Dedo do Moleque.  


Já no Vão,  caminhamos por uma área plana até chegarmos na casa da Dona Valeriana na metade do dia. A partir daí, tivemos uma penosa caminhada pela estrada de terra,  sem passar nem um carro para nos dar uma carona.  O sol de meio dia no lombo por duas horas estava nos consumindo até que chegamos à casa do Martinho e da Santina (que serviu de campo base para as  ascensões  do Dedo do Moleque).  Aí foi só alegria!  Matamos a saudade dos velhos amigos,  comemos uma rapadura com mandioca e amendoim deliciosa preparada pela Santina e o Martinho ainda se dispôs a nos acompanhar carregando as mochilas no cavalo até o alto da Serra de São Pedro que dá acesso ao rio Paranã. 

Com a temperatura mais amena,  seguimos mais um trecho pela estrada e, no pé da serra, alcançamos uma trilha bem marcada repleta de pau santo florido e lindas vistas do Morro do Moleque.  
Com o cair da noite,  chegamos a uma área mais plana no alto da serra, conhecida como Raizama, onde acampamos no quintal  de um casal de Kalungas.



Dia 3 – 20 de junho de 2011
Itinerário: Raizama  – Rio Paranã
Distância percorrida: 8 km
Tempo de caminhada: 3 horas

Nosso terceiro dia foi curto.  Saímos às 8h45 da casa do Antônio, com um burro carregando as mochilas.  Atravessamos a Serra de São Pedro para chegar a uma praia de areia branca na margem do rio Paranã.  O lugar é conhecido como “Remansão”.  Decidimos passar o dia curtindo a praia e a frequente visita de dois botos que vivem naquelas águas. 

Dia 4 – 21 de junho de 2011
Itinerário: Rio Paranã-P1091
Distância percorrida: 23 km
Tempo de caminhada: 8 horas


Para compensar a curtição de ontem, acordamos às 4h30 e começamos a caminhar 6h, antes do sol nascer.  Essa estratégia foi ótima, pois aproveitamos as horas mais frescas do dia e conseguimos avançar bastante. 



Depois de cerca de uma hora de caminhada, avistamos a primeira vez o P1091 com a certeza de que o Triângulo dos Kalungas agora estava quase completo.   Caminhamos até as 11h30 e decidimos parar na beira do córrego Gameleira para esperar as horas mais quentes do dia passarem. 
Recomeçamos nosso percurso às 14h e caminhamos rumo ao P1091, por uma trilha onde passava uma antiga estrada.  A trilha passa próximo à base da montanha, facilitando um ataque ao cume em uma próxima vez. Por volta de 17h, montamos acampamento na beira do córrego Capivara (no mapa topográfico, está identificado erroneamente como rio Maquiné). 



Dia 5 – 22 de junho de 2011
Itinerário: Acampamento no córrego Capivara – Engenho 2
Distância percorrida: 22 km
Tempo de caminhada: 9 horas

Depois da avaliação do estado da equipe (uma pessoa com joelho machucado e outra com os pés cheios de bolhas), decidimos contratar dois kalungas e seus burros para carregar as mochilas no último dia de caminhada.
Saímos 7h30 da manhã.  Desviamos da trilha que originalmente havíamos marcado no mapa e inserido no GPS pois, segundo o rapaz que estava conosco,  por lá os cavalos não conseguiriam seguir.  No trajeto para o Engenho 2,  atravessamos o córrego Capivara várias vezes em trechos inviáveis de passar sem molhar os pés.  A trilha tem um longo trecho de aproximação da serra e depois mais um longo percurso de subida  por mata seca e um terreno pedregoso.
Chegamos ao Engenho 2 às 16h.  O Paulino dos deu uma assistência ótima.  Conseguiu uma moto para ir com o Fabio pegar o carro, enquanto descansamos.


Enfim, o Triângulo dos Kalungas passou a ser uma realidade para nós. Em cinco dias, percorremos 95km de trilhas em paisagens fantásticas, com ótima companhia, conhecendo e interagindo com a cultura dos quilombolas.  Tem coisa melhor?
Elaborado por: Andrea Zimmermann